terça-feira, 13 de julho de 2010

O bichinho da viagem contra-ataca

Essa primeira semana de julho tem sido bem diferente pra mim. É um tal de querer me mudar, sem sair do lugar, trocar de profissão, sem ter experiências em outras. Bem dito, seria (e é!) um recomeço.

A tentação não afasta de mim ainda a possibilidade de viver no exterior e o bichinho da viagem anda rondando novamente a minha vida. E estou analisando calmamente tudo o que posso e não posso fazer pra apaziguar a fúria do danado.

De certa forma, esse bichinho agora ronda mais calminho, menos empolgado e baseado em fatos do passado, como minhas 3 viagens frustradas ao exterior depois da faculdade.

E, diferente de muitas pessoas, voltar ao Brasil nunca foi motivo de muita alegria ou de alívio por retornar à "casa". Claro, eu sentia falta da família querida e dos amigos, porém nada que fosse assim tão trágico, já que a internet tem mérito quando o assunto é aproximar-nos daquilo que deixamos. Seja papeando on-line, por meio de blogs ou e-mails, tudo dá a sensação de proximidade e a saudade fica menorzinha. A minha casa com aspas, eu explico, pode parecer bem bizarro, mas me sinto sempre mais em casa em outros lugares do mundo do que aqui, pode acreditar! Talvez sinta isso por ter uma vida mais independente quando esteja fora, e como já postei anteriormente, minha vida profissional no Brasil é uma caca. ;)

Também estou ciente de que nem tudo é flores no exterior, que existem vantagens e desvantagens e quando me pego comparando, sempre o exterior sai ganhando. Talvez porque eu adore conhecer novas culturas, ter outras experiências culinárias, e encontrar paisagem magníficas, clicadas numa fotinho simples.

Enfim, tenho caminhado todos os dias para voltar ao peso ideal e acalmar o buraco emocional aberto em meu estômago. O coitado virou reservátorio de emoções fortes e, de verdade, ele não está gostando nada disso. Estou trabalhando com afinco e conversado com ele ao invés de enchê-lo de comida. Meu estômago e o resto do corpo têm agradecido. As caminhadas aqui perto da casa dos meus pais, no extremo sul da zona sul de Sampa, tem sido um alívio e colírio para os meus olhos. Vide a foto aí que não me deixa mentir!

Concluindo, ando vivendo momentos de pesar todos os prós e contras de uma nova mudança, de trabalho, de casa, de país...e persistir com determinação e firmeza nessa grande decisão. Não deixar a peteca cair e ver no que vai dar essa minha empreitada até o final. E como diz o ditado: "Não há bem que sempre dure nem mal que não acabe." E é a pura verdade!

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